1.
O meu Inventário sairá aqui na Islândia na segunda-feira 3 de março com o título Eignatal pela maravilhosa editora Dimma, falei um pouco disso na minha primeira cartinha por aqui. O lançamento será na livraria mais charmosa de Reykjavík, Skáldabókabúð, e contará, além da minha presença, com a do editor e do tradutor e também da musicista Þorgerður Ása que fez versões em islandês de músicas brasileiras. Quero conversar um pouco sobre os desenhos do desejo e a travessia das palavras e dos livros, mas vou fazer um détour passando pelo cinema, vamos lá. Tenho colocado um limite ao meu uso das redes sociais, depois de uma hora há um aviso que cheguei na cota máxima do dia. Num desses minutos permitidos, acabei cruzando com um vídeo do serviço de streaming MUBI sobre o diretor italiano Luca Guadagnino. A edição intercalava uma entrevista com cenas dos seus filmes, fiquei impactada com o fotograma de um dos meus filmes favoritos: Io sono l’amore. Ele é de 2009 e tem como protagonista a magnífica Tilda Swinton. Lembro que assisti ao filme pelo menos duas vezes logo que saiu. Nunca mais o revi e os poucos segundos de scrolling me provocaram o desejo de revê-lo. Difícil é encontrar acesso a um filme que desejamos ver quando ele não é mais o filme do momento. Estamos inseridos num palimpsesto do imediato, o que não for lançamento é quase inacessível.
A história começa durante uma elegante reunião familiar no aniversário do patriarca Edoardo que anuncia sua aposentadoria e passa o controle da sua empresa de tecelagem ao filho Tancredi e ao neto Edoardo, seu homônimo. Sabemos que Edo, que é um craque, empatou no jogo de tênis e tecnicamente perdeu para um adversário desconhecido – o namorado da irmã dele comenta, mas os ricos são imbatíveis, como é possível? Edo acaba tecendo uma amizade com o rival no jogo, o talentoso chef Antonio Biscagli e em determinado momento planejam abrir um restaurante juntos, num local isolado. Emma, esposa de Tancredi e mãe de Edoardo, encontra Antonio por acaso e, após provar da sua culinária, fica profundamente transformada pela experiência. Nasce um encontro sensível entre os dois, para além da palavra, no campo do sensorial, do periférico. Emma não é o verdadeiro nome da personagem, mas só ficamos sabendo disso mais tarde. Ela é uma mulher russa que se casou com Tancredi Recchi, herdeiro. O pai de Emma era um restaurador de arte e Tancredi a conheceu nesse contexto, enquanto viajava à antiga União Soviética em busca de algo bonito para integrar sua coleção. Retorna à Itália com a futura esposa. Ela nunca mais retornará ao seu país natal. O casal tem três filhos e Emma desempenha à perfeição seu papel de esposa responsável pelo bem-estar da família, além de cumprir as inúmeras obrigações sociais. Ela é bonita, estrangeira, assim como sua sogra, mãe de Tancredi. Ambas passaram por uma violenta assimilação cultural para pertencerem à família Recchi. A transformação de Emma parece ter sido mais brutal. Contudo, como em toda assimilação cultural há sempre algo que escapa, há sempre marcas. Há o sotaque, um mais sutil e o outro mais marcado, e outras frestas menores que vão se revelando no desenvolver da trama. O filme começa imerso numa Milão cinzenta, nevada e sombria. Emma parece viver em desencaixe com o seu self mais autêntico e verdadeiro. Existe em descompasso com seus próprios desejos, pois os desconhece. É só quando, por acaso, descobre que a filha está apaixonada por outra garota e não irá se conformar à vida que esperam dela, que a mãe começa a dar contorno à sua falta latente. Conforme se desenham as rachaduras, a luz começa a entrar, como num poema de Leonard Cohen, pela rachadura da realidade monótona e opulenta, entra alguma luz, entra o amigo de Edo, Antonio.
2.
A relação mais visceral de Emma é com o seu filho Edoardo, o primogênito, com quem se comunica em russo, sua língua materna. Com ele, Emma parece manter um vínculo que não apaga sua existência pregressa, é bonito vê-los falar em russo. Me fez pensar em todos os momentos em que estou em lugares públicos com o Andri e nos comunicamos em português, muitas vezes chamando sem querer a atenção de outras crianças que ficam intrigadas com nossa língua secreta. Eu também tinha minha língua secreta quando morava com meus pais na Itália e depois na Malásia. Por mais de duas décadas, o português foi minha língua doméstica, só existia na literatura, na música e na relação com meus pais. No filme, há uma sopa de peixe que Emma prepara e que aprendeu com sua avó, é o prato preferido de Edo. Há uma intimidade entre os dois que inexiste com os outros filhos e até mesmo com o marido. Emma beija Edo nos lábios quando o vê. Isso pode parecer um tanto estranho, mas é algo comum em algumas culturas, aqui na Islândia, por exemplo, os pais se despedem dos filhos dando um selinho.
O encontro amoroso entre Emma e Antonio é estruturado em frestas, parece estar constituído pelo espaço entre toras de madeira que se apoiam uma sobre a outra quando se faz uma fogueira: é preciso que o ar circule para fazer chama. A partir desse encontro as cores mudam por completo, é primavera, talvez começo de verão. E o eixo da história se move para outra região. Uma das cenas mais bonitas é justamente o encontro amoroso que acontece entre Emma e Antonio num casebre na Ligúria onde o chef gostaria de abrir seu restaurante com o financiamento do amigo Edo. É lá que ele mantém uma horta onde cultiva as verduras que abastecem seu restaurante em Milão. Transcrevo aqui minha tradução de um fragmento de diálogo que ocorre enquanto Emma, invertendo os papéis, prepara uma comida para Antonio:
— Quando cheguei em Milão, deixei de ser russa, para mim havia um excesso de tudo: as ruas, as lojas, tive que aprender a ser italiana [...] quando sentia saudades, cozinhava, um dia preparei uma sopa que minha avó fazia, Ukha [...] Edoardo, que tinha seis anos, gostou tanto que sempre me pedia para cozinhá-la, [...] Edo ama a Rússia que carrego dentro de mim.
— Emma… — Emma, sabe, não é meu verdadeiro nome, foi Tancredi quem me deu.
— E qual é seu verdadeiro nome?
— Não sei mais, em casa todos me chamavam de Kitish.
Corremos o risco de tornar-nos um simulacro quando nos tornamos imigrantes. Há sedimentos simbólicos que estão muito além do nosso controle, do nosso alcance consciente. Pode haver um desejo profundo e desconhecido que nos impulsiona em direção a esse outro corpo, esse lugar outro. Depois vem um movimento de adaptação em que vamos aparando nossas arestas, as partes mais expostas e pontudas do nosso ser precisam se encaixar noutro espaço, um perímetro um tanto quanto imaginário. Fiquei pensando na história do próprio diretor cuja mãe é uma mulher estrangeira e como isso foi vivido por ele na infância, como ela se adaptou à vida na Itália. Na minha infância, eu vivia um duplo terror: o de perder a minha língua de origem, o português, e o de falar o italiano – minha nova língua mas também uma língua de origem pois era a língua dos meus avós e bisavós – com um sotaque muito marcado. Não era um medo consciente. Eu simplesmente fui me tornando um animal atento às sonoridades, aos gestos, às roupas e fui aos poucos me encaixando cada vez mais nos sons que me cercavam. Apavorava-me ao observar mulheres imigrantes, amigas de minha mãe, que não falavam mais nem o português nem falavam direito o italiano. Minha própria avó paterna ia misturando as línguas, minha tia, hoje em dia meu pai. O que eu não tinha consciência é que, enquanto me prendia com tamanha insistência em soar nativa em ambos os meus idiomas, eu já estava perdendo muitas coisas – e ganhando outras. Não é possível reter tudo o que se deseja. Vamos caminhando e nos despindo do que fomos, inexoravelmente perdendo nossos pedaços. Estou tão feliz que vamos voltar a São Paulo, nem sei elaborar bem o quanto é fundamental para mim poder voltar a trabalhar na minha área, falar minha língua. Contudo, há momentos em que sinto uma pontada no peito, como hoje. Nevou a noite toda e a cidade está de novo branquinha, o céu está azul, e é essa beleza exagerada por todos os cantos. Mas uma beleza em que é difícil se demorar, é preciso passar mais tempo do lado de dentro olhando pela janela. Uma beleza um pouco inacessível.
Minha avó materna guardou as cartas que eu lhe envieu da Itália e depois da Malásia. Há uma confusão de línguas e uma perda sintática e progressiva, primeiro o português se desfaz no italiano, em seguida as duas línguas se dissolvem no inglês: uma mistura. Custou-me uma eternidade separá-las e ainda hoje é difícil, há deslizes. Essa obsessão talvez tenha me trazido aqui: à tradução, à escrita, à poesia, à errância, à migração. Ao desejo de ir desenhando meus contornos e de vez em quando ir borrando-os para me misturar. Acho que na infância eu temia justamente esse desencaixe tão descarado. Essa marca. Depois fui me afeiçoando aos meus desencaixes, no fundo sustentar a fachada de ser outra coisa era um trabalho muito mais desgastante Não foi fácil, mas é mais confortável aceitar o descompasso. Eu me lembrava muito bem da última cena do filme Io sono l’amore, mas minha memória sempre falha e nela Tilda Swinton, Emma, vestia uma roupa de ginástica vermelha. Ela vai embora vestindo uma roupa muito confortável, mas não é vermelha. Gosto da sequência em que Antonio vai despindo Emma e libertando-a de um figurino rígido que ela precisa vestir para desempenhar seu papel social. É quase uma cena-duplo quando comparada àquela em que Tancredi coloca uma pulseira em seu braço e ao longe ouve-se um ruído que soa quase como uma algema que se fecha. No encontro amoroso com Antonio, gosto de como a câmera revela rapidamente os seios caídos e a barriga flácida de uma mãe. Um corpo macio, vivo e desejante sob a couraça social. Gosto de como aqueles corpos tão distintos se encontram em meio às flores e aos insetos numa música crescente, o arrepio do toque.
Qual é o limite que um corpo e uma alma podem suportar quando apertados pelas constrições impostas para desempenhar um determinado papel? Qual o custo disso? O filme de Guadagnino segue o movimento de uma tragédia grega, por um lado, por outro talvez aponte uma saída, como na peça Uma casa de bonecas, traduzida não faz muito por Leonardo Pinto Silva para a Editora Moinhos. Lembrei do texto de Djaimilia Pereira de Almeida que indiquei na última carta, quando ela diz, a propósito do livro Os emigrantes de Sebald: “Se atrás das paredes estiver o nosso nome verdadeiro e o escondermos mesmo daqueles que amamos, como sobreviver?” Ainda nessa trama de associações, lembrei do texto de Livia Piccolo nessa plataforma, quando ela cita o livro Paixão simples de Annie Ernaux, “uma forma garantida de medir a força do meu desejo – e talvez, também de desafiar o destino – é pensar seu aceitaria pagar o preço da fantasia”, a tradução é de Marília Garcia. Assisti ao filme pensando quais negociações a personagem de Emma não fez consigo mesma em todos aqueles anos vividos em Milão, uma existência em parte real, em parte simulacro. Quanto da identidade calada e retida contribui para que o desejo chegasse assim com esse ímpeto avassalador?
3.
Interrompo a escrita dessa carta porque meu filho acordou febril. Não foi à creche, portanto sei que não haverá tempo nenhum para o trabalho remunerado nem para o trabalho de resistência – a escrita gratuita, o desejo que me impulsiona a fugir de outras obrigações em meio a uma mudança. Quando Luciano chega do trabalho consigo escapar por algumas horas e ir até a minha biblioteca favorita, faço o trabalho mais urgente, aquele remunerado. Agora a febre baixou, o banho foi tomado, a lavagem nasal foi feita e os dentes foram escovados, logo estará dormindo ouvindo a cantilena do pai. Essa despedida da Islândia está me custando mais do que imaginava. Quando deixei São Paulo em 2019 sob o governo do inominável, eu só sentia um enorme alívio, estava encharcada de paixão e tinha a certeza que os caminhos por aqui estavam todos abertos para mim. Não foi bem assim, nunca é como imaginamos. Contudo, que bom que há a fantasia de uma vida outra, a paixão e a curiosidade que nos arrasta de um canto a outro, de um trabalho a outro, são as negociações que fazemos para nos sentirmos vivos. Agora vou embora, vamos embora, porque é um desejo meu mas é também um desejo conjunto, é um salto que nasce de um plano sonhado e executado com imenso esforço. Ainda sim, há um apego fortíssimo às pessoas que fizeram da minha vida o que ela é por aqui. Minha companheira de exercícios e conversas profundas e sutis, F. Meus amigos S. e Á., amigos do Luciano que me adotaram como irmã e filha e que foram e são nossa família aqui. Hoje tomamos um café e falei só em islandês com eles – mesmo morando aqui há cinco anos, vocês não imaginam o esforço que isso requer – chorei dizendo que há tantas coisas que amo e me fazem sentir apego por esse lugar, sinto-me melancólica em deixar isso para trás, aprender a viver sem elas, ao mesmo tempo imensamente feliz por saber que logo estarei na USP em pleno vapor pesquisando o tema do meu pós-doutorado, dando aulas, traduzindo, navegando o mundo na minha língua. Hoje já não sei se minhas raízes são aéreas, acho que cismo em fincá-las por onde for e depois sofro um tanto ao retirá-las e vou fazendo mudinhas das minhas folhas na água, para que façam suas próprias raízes, e então distribuí-las aos amigos. Vivo há cinco anos em estado de tradução, por mais que estude a língua, por mais que me aproxime, leia, converse, ensine, sempre haverá uma distância que me impede de sentir um texto sem traduzi-lo. É um movimento muito rápido de tradução pois não consegui me encaixar num automatismo linguístico, por um lado isso provoca frustração, por outro é um prolongamento do encantamento e do desejo, por nunca senti-la plenamente, a língua, há sempre a possibilidade de avançar nesse território. Pensei um pouco no que dizia Leonard Cohen nesse vídeo que apareceu no meu feed esses dias – ele fala francês mas não tem certeza que entende profundamente certos dizeres. Releio meus próprios poemas na voz do meu tradutor, Pedro Gunnlaugur Garcia, e os reconheço e me deparo com meu pensamento em voo feito pássaro que volta para mim e me diz: então é assim que isso se fala em islandês, e para dizê-lo é preciso fazer essa curva, essa assonância, dizê-lo assim de outro jeito. Encanto-me com a capacidade extraordinária do meu tradutor e com o privilégio de ter meus versos recriados por ele. Se por um lado a vida aqui é fácil e segura, por outro, há a fricção da linguagem. Já ao voltar a São Paulo haverá a naturalidade do som, mas um movimento de reaprendizagem para viver no meu antigo território. Fecho os olhos e penso em Pedro, meu tradutor, e Aðalsteinn, meu editor, e meu coração se aperta e afrouxa como se chacoalhado pela andança numa montanha-russa. É um sentimento de amor profundo que me transmitem com essa aposta que fizeram. Eu sou toda derramada e eles são mais contidos, fico pensando se vou assustá-los com meu transbordamento no dia do lançamento.
Nunca me interessei pela arte da taxidermia até vir parar aqui na Islândia. Por aqui há aves empalhadas, e não só, por todos os cantos. Nos postinhos de saúde, nas escolas, nos museus. Na biblioteca do bairro há uma bela coleção de aves e ovos. Durante a licença-maternidade, eu andava o dia todo para cima e para baixo com o Andri, de carrinho ou pendurado no meu corpo, um dia me vi naquele corredor observando esses animais imortalizados em pose. A vida observando o simulacro. Era um tanto de solidão que atravessava naqueles meses, nem sei bem o que eu contei ao Andri sobre aqueles bichos. Ele ainda não falava, não andava. Foi nascendo um poema e não tinha como anotá-lo, fui repetindo alguns versos até conseguir pegar o telefone e fazer um rascunho – “a palavra sobre a página: chumaço de penas arrancadas à vida”. Foi aí que me vi lado a lado com uma taxidermista, cada uma de nós com suas penas reconstruindo uma vida-simulacro.
TAXIDERMIA
São as penas. E às vezes, a pele ao redor da carne; e às vezes, o primeiro sinal do músculo do peito. São aves, aves de rapina ou de arribação,sozinhas ou em conjunto formam cenas:
raposa abocanha pássaro, cegonha em um voo estático vertical, ave faz guarda ao ninho cheio de ovos.
Viverão pela eternidade por trás da vitrine no saguão. Penso nos objetos que nos sobrevivem, imortais e desalmados, animais mudos e pacientes que acatam nossos olhares. Carrego meu filho nos braços, mostro-lhe os corpos embalsamados. Sinto a lâmina do cansaço com a precisão do taxidermista. Pele e plumas, despidas do corpo, repousam à espera do molde. Assim a palavra sobre a página: chumaço de penas arrancadas à vida. Uma a uma colo-as, costuro-as, dou-lhes uma demão de verniz. Escrever o poema como esticar a pele sobre o simulacro.
HAMSKURÐUR
Fjaðrirnar. Og stundum hamurinn sem teygist yfir holdið; og stundum vottur af brjóstvöðva. Fuglar, ránfuglar eða farfuglar, stakir eða búið að stilla þeim upp í eins konar senur:
refur með fugl í skoltinum, storkur á lóðréttu flugi, fugl sem vakir yfir eggjum í hreiðri.
Eilíft líf á bakvið glerið í sýningarsalnum. Ég velti fyrir mér minjum sem munu lifa okkur, ódauðlegar og sálarlausar,þögular og þolinmóðar skepnur sem gefa sig á vald augum okkar.
Ég lyfti barninu upp til að sýna honum uppstoppuð dýr. Finn hnífsblað þreytunnar skera með nákvæmni hamskerans. Fjaðurhamur sem búið er að losa af skrokkinum bíður grafkyrr eftir nýrri lögun. Þannig er líka með orð á blaði: fjaðrir sem við reytum af lífinu. Eitt af einu lími ég þau, sauma þau, lakka þau. Að yrkja er að strekkja hörund utan um eftirlíkingu.
Poema
Tu me despes
de mim mesma
me despes
de tudo que eu tenho
de mim toda
te vestes de mim
te vestes
chegas nos meus lábios
na pele e costuras
o meu cabelo
na circulação
há aqui algo
de roto algo de íntegro
aqui nesse lugar
repousamos um instante
me enfeitiças.
(traduzido do islandês por Luciano Dutra)
Þú klæðir mig úr
sjálfri mér
klæðir mig úr
öllu sem ég á
allri mér
þú klæðir þig í mig
klæðir þig
ferð í varir mínar
húð og saumar
hár mitt
í æðakerfið
hér er eitthvað
brotið eitthvað heilt
hér á þessum stað
hvílum við um stund
þú heillar mig.
Nunca o termo “montanha-russa” fez tanto sentido.
E uma das coisas que me marcou na Islândia foi ter visto um corvo empalhado, não sabia que era comum (lindo poema).
Amore, espero vc aqui (embora “aqui” seja uma palavra vaga), para matar a saudades! Foi maravilhoso te ler, te ouço aqui na página 🧡
Esse filme é lindíssimo, seu texto e sua poesia também. Espero poder abraçar você em breve, também voltarei para o Brasil, não com um projeto maravilhoso como o seu mas pela impossibilidade de receber Reais e gastar Euros.